No último mês do ano, as vendas de automóveis e comerciais leves registraram aumento de 16,69% no comparativo com novembro.

São Paulo – SP

 

De acordo com o levantamento realizado pela Fenabrave “Federação Nacional da Distribuição de Veí­culos Automotores, os emplacamentos de todos os segmentos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veí­culos) apresentaram queda acumulada de 20,29% em 2016, no comparativo com 2015. Ao todo, foram emplacadas 3.174.625 unidades em 2016, ante as 3.982.765 registradas no ano anterior.

Na comparação entre dezembro e novembro de 2016, o mercado automotivo apresentou alta de 14,32%. Foram emplacadas 298.917 unidades em dezembro, contra 261.479 em novembro. Já em relação a dezembro de 2015 (370.939 unidades), houve retração de 19,42%.

Conforme os dados apresentados pela entidade, os segmentos de automóveis e comerciais leves também apresentaram queda no acumulado do ano, com uma redução de 19,80% sobre o ano anterior, confirmando as projeções indicadas pela Fenabrave no último encontro com a imprensa. Ao todo, foram emplacadas 1.986.389 unidades em 2016, contra 2.476.823 em 2015. Já no mês de dezembro (199.024 unidades) houve crescimento de 14,66% para os segmentos, se comparados ao mês de novembro (173.574 unidades). Com relação a dezembro de 2015 (220.590 unidades), o resultado aponta uma baixa de 9,78%.

Em entrevista coletiva com a imprensa o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, o mês de dezembro, tradicionalmente, apresenta um volume de vendas maior que os meses anteriores. “O resultado positivo em dezembro, que teve 22 dias úteis, foi reflexo de dois dias a mais de vendas em relação ao mês de novembro. Além disso, as promoções que foram oferecidas e o incremento do 13º salário no orçamento das famílias contribuí­ram para o resultado positivo do último mês de 2016”, explicou.

O presidente da entidade avaliou o ano de 2016 como o pior da história da Distribuição de veí­culos no Brasil nos últimos 11 anos. Segundo Assumpção Júnior, “este foi um dos setores da economia que mais sofreu com a crise econômica e polí­tica do Paí­s. O mercado retroagiu a volumes equivalentes aos anos de 2005 e 2006. Este resultado deve-se a fatores já comentados ao longo do ano passado, como a queda acentuada do PIB, incertezas geradas pela política, desemprego, baixo í­ndice de confiança do consumidor e de investidores, entre outros”, argumentou Assumpção Júnior.

Segundo Alarico Jr, as incertezas nos cenários político e econômico, presentes em 2016, afetaram, diretamente, a concessão de crédito, fundamental para o setor. Dificuldades como essas, agregadas ao baixo í­ndice de confiança, fizeram com que as famí­lias e as empresas se retraí­ssem em relação ao consumo, retardando a tomada de decisão para a compra de veí­culos novos”, completou Assumpsão Júnior.

Previsões para 2017

Com base nos estudos realizados pela Fenabrave, o setor como um todo deverá apresentar crescimento moderado em 2017, chegando a 3,11% para todos os segmentos somados.

Para os segmentos de automóveis e comerciais leves, a expectativa é de alta de 2,4% sobre os resultados.

Já para caminhões e ônibus, a Fenabrave projeta crescimento de 3,15%, sendo 2,8% para caminhões, 4,40% para ônibus e 7,08% para implementos rodoviários.

O segmento de motocicletas, que vem sofrendo sucessivas quedas desde a crise de 2008, deverá apresentar alta estimada em 4,04%.

Para tratores e máquinas agrí­colas, a previsão é chegar a um crescimento de 13,5% em 2017, reforçado pelos bons resultados do agronegócio no Paí­s.

 

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