Encenação se desenvolve apoiada em recursos do circo-teatro, com técnicas clássicas de manipulação, ilusionismo e malabarismo.

Trilha sonora reúne músicas de Fábio Jr.

São Paulo – SP

Criado com base na pesquisa desenvolvida há 10 anos pelo ator André Grinberg, com o intuito de levar para o palco circo e teatro realizados apenas com objetos do cotidiano, e a proposta de aproximar o público da cena, mostrando que existe magia no dia a dia, o espetáculo Pano pra Manga estreia dia 28 de março, com roteiro assinado em parceria com o diretor Alexandre Roit.

A peça cumpre temporada de graça aos sábados e domingos, às 16 horas, até dia 19 de abril, na Sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo.

O espetáculo narra a história de um homem que não sai de casa, mas encontra uma forma lúdica de passar o tempo e combater o tédio de seu cotidiano: interage com o locutor do rádio (que lhe dá bom dia e boa noite, além de “levá-lo” para uma série de aventuras), na certeza de que tudo que é dito no ar é dirigido a ele, como se aquela voz fosse do seu amigo mais íntimo.

Estimulado pelas peças de roupa guardadas em seu armário, o personagem (o palhaço do circo-teatro) dá vida a objetos que se tornam protagonistas de histórias diversas enquanto gravatas se movem sozinhas, cabides se enroscam, despertadores se multiplicam, vestidos e calças mudam de cor e sapatos, meias e chapéus são lançados ao ar.

Todos os truques são feitos a partir de objetos do quarto e da casa, reforçando a temática do espetáculo: o poder da imaginação, do lúdico e da mente.

A vida do cara fica, assim, bem agitada – ele viaja para a praia, vive um romance, sai para a balada e socializa com a família. Para completar, ele tem como ídolo um cantor popular em quem enxerga traços como carisma, segurança e sociabilidade.

A encenação se desenvolve apoiada em recursos do circo teatro, com técnicas clássicas de manipulação, ilusionismo e malabarismo.

Destaque para o número de aros chineses feito com os cabides que se enroscam, a cena dos despertadores que vão se multiplicando, a do abajur que apaga e acende sozinho ou da gravata que fala e canta.

André Grinberg destaca os números em que o personagem surfa numa tábua de passar roupa e a cena de namoro do pé esquerdo e do pé direito do tênis.

Para traçar com sutileza as características psicológicas do personagem, Grinberg recorreu à orientação de especialistas da área – psicólogos e educadores. “Quem nunca sentiu um medo? Quem nunca teve insegurança?” As perguntas de Alê Roit dão uma pista sobre um dos temas abordados na peça, “são o pano de fundo para as peripécias do personagem”, explica o diretor, revelando que “a montagem ficou muito divertida”. “A técnica sai do quadro clássico de exibição e passa a servir à dramaturgia. Tudo tem contexto”, observa comenta Grinberg.

Alexandre Roit chama a atenção para o ritmo da montagem com trocas ágeis de figurino, propiciadas pelo quick-change, recurso em que o artista troca de roupa como num passe de mágica atrás de anteparo. “Assim como as trocas de roupa, acontecem várias coisas incríveis, e sempre com muita naturalidade, o que as torna ainda mais incríveis!”, completa Roit.

André Grinberg
Ator, malabarista e ilusionista. Fez parte do elenco do espetáculo itinerante “Planeta Água, Mata Atlântica e Paisagens” (2005) dirigido por Gisele Arantes, “La Revellasion” (2006), de Leo Bassi, e “Gigantes de Ar” (2009 a 2012), da Cia. PiaFraus. É um dos criadores do Grupo DoisPierre, com o qual desenvolveu, por 10 anos, pesquisa na área da comicidade física e manipulação de objetos cotidianos. No mesmo ano, foi premiado como Melhor Palhaço na 2ª Revirada de Circo de São Paulo. Em 2012, estreou “Circo de Borracha”, e com este espetáculo foi indicado como melhor cenógrafo pelo prêmio FEMSA de Teatro Infantil e Jovem e conquistou os prêmios de Melhor Cenógrafo e Melhor Produtor no II Festival Nacional de Teatro Carpediem, além de receber a indicação de Melhor Ator Coadjuvante no mesmo festival.

Alexandre Roit
Trabalha com teatro e arte circense desde 1984. Em 1991 começou a pesquisa de linguagem que une, além de teatro e circo, o teatro de rua. Criou, junto com Hugo Possolo, o grupo Parlapatões, Patifes & Paspalhões, com quem ficou por 11 anos participando da produção, realização e montagem de espetáculos.

Durante este período, trabalhou com os Doutores da Alegria, entre 1992 e 1994. A partir de 2002, trabalhou com a Cia Le Plat Du Jour, com quem assinou a direção e atuou no espetáculo Insônia, de Alexandra Golik.

Pano pra Manga – Flora Mayra

Teatro: Pano Pra Manga – 28 de março – sábado – 16 horas

Sessões dias 28 e 29 de março. 04, 05, 11, 12, 18 e 19 de abril

Sala: Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo – SP

Rua Vergueiro, 1000 – São Paulo – SP

Ingressos: Gratuitos

Duração: 55 min – Classificação: Livre

Recomendado para crianças a partir de 4 anos

Ficha Técnica

Autoria – Alexandre Roit e André Grinberg

Direção – Alexandre Roit

Elenco – André Grinberg

Locução – Alexandre Roit

Figurino – Benê Calistro e André Grinberg

Cenário e Adereços – Juciê Batista e André Grinberg

Iluminção – Marcel Alani Gilber

Edição e Mixagem de Som – Marcel Alani Gilber

Produção – André Grinberg

Equipe de apoio e orientação (psicólogos e educadores) – Juliana M. Fernandes, Gerson Heidrich, Juliana Flor e Tayane Weinert. Fotografia – Analice Costa e Flora Maíra. Designer – Analice Costa. Mídias Sociais – Bárbara Tegone

Assessoria de Imprensa – Arteplural Comunicação

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