Presidente da Anfavea Antonio Megale, projeta um crescimento de 25% para o setor em 2017. Exportações batem recorde e o setor voltou a contratar.

AMAURI TERUO YAMAZAKI – São Paulo – SP

Em coletiva de imprensa no hotel Gran Mercure em São Paulo, o presidente da Anfavea destacou boas notícias para o setor. O mês de agosto apresentou bons números para o setor, embora boa parte das montadoras ainda apresentem uma grande capacidade ociosa no país.

A previsão de licenciamento de autoveículos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, para 2017 foi revisada para cima, de acordo com os dados divulgados pela entidade na quarta-feira, 6, em São Paulo.

A nova expectativa é que o total de autoveículos comercializados em 2017 atinja 2,20 milhões de unidades, cerca de 70 mil acima da previsão do começo do ano, que era de 2,13. Isto significa um aumento de 7,3% sobre as 2,05 milhões de unidades de 2016.

Conforme tendência antecipada por Antonio Megale, presidente da Anfavea, na coletiva de imprensa do início de agosto, os veículos leves foram alterados para cima, saindo de um aumento de 4,0% para 7,4%, enquanto os pesados para baixo, caindo de 6,4% para 3,6%.

As exportações mantiveram ritmo forte e foram novamente alteradas: a nova perspectiva é de exportar 745 mil autoveículos, que confirmaria o melhor ano da história para a indústria automobilística neste quesito.

Com o resultado de vendas e de exportação, o desempenho da produção foi consequentemente revisado também: o crescimento esperado para 2017 ante 2016 agora é de 25,2%. Este desempenho aponta um total de 2,70 milhões de unidades a serem produzidas neste ano.

Para Megale, “as novas previsões da Anfavea demonstram que a indústria caminha para um cenário de retomada, mesmo se considerarmos que a base de comparação de 2016 é muito baixa. O que precisamos agora é de estabilidade no quadro econômico para que consumidores e investidores aumentem a confiança e o País como um todo entre em uma rota de aceleração da atividade econômica”.

Os dados de vendas internas e exportação de máquinas autopropulsadas também foram revisados, com respectivos aumentos de 6,9% e 34,6%.

Desempenho mensal
No oitavo mês do ano a produção de autoveículos alcançou 260,3 mil unidades, alta de 45,7% sobre as 178,7 mil do mesmo mês do ano anterior e de 15,4% ante as 225,5 mil de julho passado. O período acumulado da produção aponta para alta também: 25,5% ao se comparar as 1,75 milhão de unidades de 2017 com as 1,39 milhão de 2016.

No licenciamento o mês de agosto registrou 216,5 mil unidades, alta de 17,2% na comparação com as 184,8 mil de julho e de 17,8% sobre as 183,9 mil de agosto do ano passado. A soma dos oito meses atingiu 1,42 milhão de unidades, acréscimo de 5,3% ante as 1,35 milhão de 2016.

De acordo com Antonio Megale, presidente da Anfavea, o cenário de vendas é um reflexo de vários fatores:

“Agosto é tradicionalmente forte e o quadro econômico demonstra diversos sinais positivos, possibilitando este bom desempenho. Esta é a primeira vez no ano que superamos a casa das 200 mil unidades em vendas. O horizonte é promissor ao enxergarmos as quedas da inflação, da taxa de juros, do nível de desemprego, do endividamento das famílias e dos índices de inadimplência”.

Exportação de automóveis: Em 2017 foram exportados mais de 500.000 unidades  a 56,1% um crescimento ao ano anterior, um recorde histórico. Mesmo com a provável recuperação do mercado interno, o aumento das exportações deve continuar de acordo com Antonio Megale. O valor atingiu US$ 10,0 bilhões. Os países que mais compram autoveículos do Brasil são: Argentina, México, Chile, Uruguai, Colômbia e Perú.

Agosto foi o melhor mês de produção de automóveis nos últimos 33 meses. De acordo com Megale, a indústria como um todo apresenta sinais de recuperação.

O estoque da indústria automobilística está ao redor de 31 dias de produção, uma condição normal para o setor.

O índice de emprego na indústria automobilística cresceu 0,9%, gerando cerca de 1.107 novas vagas.

A indústria automobilística revisou para cima a produção de autoveículos para esta ano, com um aumento de 7,4% no licenciamento e 25,2% na produção, devido principalmente as exportações.

Ainda de acordo com o presidente da Anfavea, o Inovar Auto trouxe pontos positivos como na evolução tecnológica dos automóveis, comerciais leve, caminhões e tratores, o que contribuiu para o aumento das exportações.

Para Megale, a taxa de câmbio ideal para o setor está na faixa de R$ 3,20 a R$ 3,40.

 

 

 

 

 

 

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