Importadores oficiais associados à Abeifa projetam crescimento de 33%, em 2019, com uma taxa de câmbio ao redor de R$ 3,75

São Paulo – SP

Em entrevista coletiva hoje pela manhã no hotel Renaissance, em São Paulo, José Luiz Gandini presidente da Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores), apresentou os números oficiais do segmento.

Com licenciamento total de 37.582 unidades, os automóveis importados anotaram em 2018, alta de 26,3%, ante igual período de 2017, quando foram vendidas 29.751 unidades, mesmo com a instabilidade do câmbio.

José Luiz Gandini – Presidente da Abeifa e da Kia Motors do Brasil. Foto: Amauri Yamazaki

O volume de automóveis e comerciais leves importados ficou abaixo da previsão da entidade que havia sinalizado 40 mil unidades para 2018. “Infelizmente, terminamos o ano com 6% abaixo dos números iniciais, aliás, bastante conservadores. Com o final do Inovar-Auto e dos 30 pontos percentuais adicionais no IPI, imaginávamos obter uma recuperação mais sólida, mais consistente. Mas, os 30 pontos percentuais foram neutralizados pela alta do dólar”, argumenta Gandini, para quem o ano de 2018 ficou marcado também pela greve dos caminhoneiros, Copa do Mundo  e eleições gerais, diante de um cenário político instável.

No comparativo mensal, dezembro de 2018 registrou aumento de 2% em relação a igual período de 2017. Foram comercializadas 3.389 unidades contra 3.324 licenciamentos em dezembro do ano anterior.

O desempenho de vendas no mês de dezembro, porém, significou também alta de 15%, comparado ao mês imediatamente anterior. Foram 3.389 unidades contra 2.947 unidades em novembro último.

Para 2019, a Abeifa estima emplacar 50 mil unidades, crescimento de 33% sobre os dados de emplacamentos de 2018. “Em princípio, nossa primeira projeção pode parecer otimista demais, diante das estimativas já anunciadas pela indústria e pelo setor de distribuição, na casa de 11%.

Em nosso caso, porém, o porcentual de crescimento é maior por conta da demanda reprimida de 2018, ano em que o dólar flutuou mais próximo aos R$ 3,90”, argumenta Gandini.

Produção local – Entre as associadas à Abeifa, que também têm produção nacional, BMW, CAOA Chery, Land Rover e Suzuki fecharam o ano com 23.699 unidades emplacadas, total que representou alta de 29% em relação a 2017, quando totalizaram 18.372 unidades.

Ao considerar somente o mês dezembro último, as quatro associadas emplacaram 2.436 unidades nacionais, 9,5% superior às 2.224 unidades de novembro e 25,3% mais que as 1.944 unidades de dezembro de 2017.

A Porsche vendeu 1.457 unidades no Brasil em 2018, o que representou um crescimento de 24% em relação ao ano anterior. O câmbio elevado não foi capaz de segurar as vendas da marca. Divulgação

Participações – Em dezembro último, com 5.825 unidades licenciadas (importados + produção nacional), a participação das associadas à Abeifa foi de 2,60% do mercado total de autos e comerciais leves (224.403 unidades). No acumulado, o market share foi de 2,48% (61.281unidades, do total de 2.470.224 unidades).

Vale ressaltar que, no acumulado de 2018, o total de 37.582 unidades importados representou apenas 1,52% do mercado interno de 2.470.224 automóveis e comerciais leves. Se considerado o total de veículos importados, ou seja aqueles trazidos também pelas montadoras, as associadas à Abeifa responderam, em dezembro, por 12,21% (3.389 unidades, do total de 27.747 unidades importadas) e, no acumulado, 12,36% (37.582 unidades, do total de 304.055 veículos importados).

A Porsche é uma das marcas mais vendidas no segmento de alto luxo no Brasil. Divulgação

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