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De acordo com o ministro, o Brasil é a 9ª economia mundial, mas apenas a vigésima quinta maior exportadora.

Para Marcos Jorge, é urgente aprimorar a infraestrutura e logística e promover reformas.

AMAURI TERUO YAMAZAKI – São Paulo – SP

Debate promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais) no hotel Grand Hyatt em São Paulo nesta segunda-feira (6), contou com a presença do Ministro da Indústria e Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, junto a líderes empresariais na capital.

“A produção brasileira cresceu 3,8% em junho ante o mês anterior. Porém, a paralisação dos caminhoneiros, em maio, prejudicou – e muito – nossa economia. Nosso desafio é estabelecer um elo consistente entre o crescimento econômico do País e incremento das exportações brasileiras”, afirmou Marcos Jorge, durante Almoço do LIDE , comandado pelo chairman Luiz Fernando Furlan.

Segundo o ministro com a retomada da economia, houve incremento das vendas de produtos brasileiros no mercado global. “Temos trabalhado com determinação para incrementar as exportações, que têm como destaque os itens manufaturados, como automóveis e calçados”, disse.

Para o ministro, é preciso aprimorar a infraestrutura e logística brasileiras e promover as reformas, como a da Previdência. “Temos ciência de que é necessário reduzir os custos para exportação, que encarecem atualmente em até 14% a venda de produtos brasileiros no exterior”, enfatizou.

O ministro ressaltou que entre as políticas adotadas pelo seu ministério está a implementação de parcerias e estabelecimento de acordos internacionais, visando a redução de custos e maior eficiência e competitividade da indústria brasileira, a fim de ampliar a participação das exportações do País.

O Brasil é, atualmente, segundo Jorge, a 9ª economia mundial, porém o 25º maior país exportador.

“Ouvimos permanentemente o setor produtivo. Sabemos dos desafios de o Brasil se aproximar das economias mais desenvolvidas. E temos nos esforçado para isso. Reconhecemos o esforço também de iniciativas privadas, como as do LIDE, grupo que tem exercido um papel fundamental na dinamização de debates propositivos sobre temas de interesse nacional”, afirmou o ministro.

Quanto a guerra comercial entre EUA e China, Jorge elencou o provável incremento de exportações de soja para o gigante asiático e, com isso, o eventual aumento do valor da commodity e dos custos da ração para a indústria de carnes brasileira, que pode beneficiar o agronegócio, mas prejudicar a competividade destes produtos alimentícios no mercado internacional, ambos setores nos quais o Brasil é protagonista.

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Pesquisa – Ao final do evento, Fernando Meirelles, presidente do LIDE Conteúdo, apresentou a 132ª edição do Índice LIDE-FGV de Clima Empresarial, realizado com 333 CEOs, presidentes e outros líderes empresariais.

O índice, calculado pela FGV em parceria com o LIDE, é uma nota de 0 a 10, resultante de três componentes com o mesmo peso: governo, negócios e empregos.

Em relação ao levantamento anterior, realizado em julho deste ano, houve sensível melhora no otimismo dos empresários consultados: 38% acreditam que a situação em agosto está melhor (eram 24% no mês precedente); para 24%, o cenário atual está pior (ante 19% no mês precedente); e para 44% do empresariado, a situação está igual.

Com isso, o Índice LIDE-FGV de Clima Empresarial subiu de 4,3, em julho, para 5,1, em agosto.

Quanto ao cenário político, continua sendo o fator que mais impede o crescimento das empresas para 61% dos empresários, seguido pela carga tributária (32%). O cenário político, por sinal, é o tema que mais preocupa o empresariado (97%), seguido do câmbio (2%).

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